sábado, 29 de maio de 2010

Fanfic - Fios de Ouro, Capítulo 1

Eu queria apresentar a nossa mais nova descoberta, Barbara Ripper! Ela está escrevendo a fanfic Fios de Ouro, que na verdade não é somente uma fanfic, é como uma série. Cada capítulo é uma história pós-amanhecer de Renesmee. A série será postada semanalmente. Para seguir Barbara no twitter, clique aqui e para visitar seu blog, clique aqui. Confiram o primeiro capítulo:


1. Scarpins e ataque

– Não, tia Alice, eu não consigo. – eu estava sentada em cima da privada tampada, borrando toda a minha linda maquiagem feita pela tia Alice.

– É claro que consegue, Nessie. – ela se agachou para manter os olhos na altura dos meus.

Nesse momento, toquei-a, mostrando todo o motivo de meu pavor, pois foi só agora que realmente caiu a ficha.

– Ah Nessie, você e ele sabem que pertecem a mundos diferentes. Mas me responde uma coisa: vocês são apaixonados um pelo outro, não é?

– Eu amo ele, tia. – a esse momento, já estava aos prantos.

– Então para que todo esse drama? – ela me olhava com aqueles cândidos olhos castanhos-dourados.

Dei de ombros e limpei as lágrimas pretas do meu rosto. Retirei cuidadosamente as mãos dos ombros de Alice e fitei-a por um longo momento.

– Ele é louco por você, Nessie. Sempre foi. E se minha visão estiver certa, ele está lindo, esperando por você lá em baixo. – Alice nunca diria que Jacob estava "lindo", mas algo nos seus olhos dizia que era verdade.

De repente, senti uma onda de felicidade e alívio tomando conta do extenso banheiro do chalé. Dei um sorriso torto.

– Você sorri igual ao seu pai. – ela disse, levantando.

Já sabia quem estava atrás da porta.

– Tio Jasper, pode parar de controlar minhas emoções pela porta? – eu pedi, rindo.

– Desculpe! Foi inevitável! – ele gritou. Rapidamente, ouvi seus passos se afastarem da porta. Alice soltou uma risada genuína, digna de uma fada.

– Vamos refazer essa maquiagem destruída.

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Olhos esfumaçados em preto com uma grossa linha de deliniador na pálpebra e embaixo dos cilhos inferiores. Um pouco de blush cor terra para realçar as maçães do rosto e um batom bege nude.

Um longo tubinho preto tomara-que-caia, um par de scarpins pretos de bico arredondado e uma bolsa preta pequena by Coco Chanel.

Molas douradas agora transformadas em fios de ouro de tão liso.

– Está pronta. – Alice sorriu. – pode descer.

Assenti com a cabeça e abracei-a com todas as minhas forças, disponibilizando-a todos os meus pensamentos.

– Vá encontrá-lo lá em baixo, vá. Boa sorte.

Me afastei e fui até a porta do extenso banheiro, dando uma pequena olhada para trás antes de sumir da visão de Alice. Desci a escada e fui direto para a sala, dando de cara com mamãe e papai de pé, sem nenhuma expressão de cansaço no rosto, apenas sorrindo. Jacob estava largado no sofá com o nariz frisado pelo cheiro de vampiros. Ao me ver, ele automaticamente se sentou e abriu aquele sorriso lindo que eu adoro, de orelha-a-orelha.

– O que acham? – eu perguntei, envergonhada, dando uma voltinha no lugar.

– Você está linda, filha. – disse mamãe, me abraçando carinhosamente. – Divirta-se, tá?

– Pode deixar, mãe. – respondi, com ela voltando a se colocar ao lado de meu pai. – Tchau, pai. – eu disse, indo até a frente dele.

– Divirta-se, Nessie. – disse ele, me abraçando, com um sorriso torto e bobo estampado na cara. Minha mãe o fuzilou com os olhos, pois ainda não havia se acostumado com as pessoas me chamando de "Nessie". Meu pai parou, se afastou do abraço e me olhou de cima a baixo. – Não está meio curto esse vestido?

Eu neguei com a cabeça, olhando confusa para ele. Jacob fechou os olhos e apoiou a cabeça nas mãos, com um sorrisinho no rosto. Papai o olhava com raiva.

– Jacob, pare de pensar essas coisas, posso ler sua mente, esqueceu? – ele parecia estar sendo torturado por aquele pensamento. Eu tinha uma leve idéia do que poderia ser.

– Desculpe. – disse Jake, rindo.

– Não Edward, o vestido está ótimo. – disse uma voz vindo da escada.

De repente, Alice surgiu de um grande salto gracioso da escada ao chão.

Fui em direção a Jacob e parei em pé na sua frente. Ele estava curvado, sentado no sofá, de smoking, segurando uma caixinha com uma linda flor branca.

– Ainda quer isso? – perguntou ele, oferecendo a caixinha para mim.

– Claro! – respondi, enquanto ele levantava e pegava o meu pulso, passando a flor por ele e prendendo-a. Nos entreolhamos rapidamente e sorrimos.

– O.K., chega de melação, eu quero uma foto dos pombinhos. – disse Alice, sacando a câmera de dentro da bolsa.

Mamãe riu e papai tampou os olhos com uma das mãos. Jacob passou a mão pela minha cintura, me puxando para mais perto. Nós dois sorrimos e olhamos em direção Alice. Vimos um forte flash disparando e esperamos até ela abaixar a câmera.

– Ficou ótima. – ela sorriu.

– Então até amanhã, pessoal. –eu disse, sendo puxada por Jacob até a porta.

– Amanhã?! – perguntou papai.

– Edward! – chamou a mamãe, enquanto lhe dava um empurrãozinho como quem diz: "Se manca!"

Ele olhou para mim novamente, mas dessa vez com expressão de quem lia a minha mente. Inclinei a cabeça como uma forma de dizer que já sou grandinha.

– Amo vocês. – eu disse, mandando um beijo e saindo do chalé, sumindo na floresta.

Fomos correndo pela relva em direção ao carro de Jacob. Ele parou no meio do caminho, puxou minha mão e me beijou.

– O que foi isso? – perguntei, agarrada ao seu pescoço.

– Nada. Já que eu não posso te beijar na frente do seu pai, temos que fazer isso em algum lugar. – disse ele, rindo, soltando os braços da minha cintura e segurando minha mão.

– Como vamos fazer à noite? – perguntei, enquanto voltávamos ao nosso caminho até o carro.

– Vamos fazer na floresta, mas lá em La Push? Graças a você eu não vou dormir. Vai conseguir me manter acordado? – ele passou o braço pela minha cintura.

– Pode ser! – eu dei uma pausa. – Creio que sim. – eu disse, rindo. Chegamos ao carro e eu entrei, sentando no banco carona, enquanto Jacob sentava no motorista. Ele deu partida e saímos na estrada.

– Tiveram notícias do tio Emmet e da Tia Rose? – perguntei.

Emmet e Rosalie haviam viajado para a Ilha Esme assim como papai e mamãe, mas eles viajaram haviam 3 meses e não voltaram desde então. Nem ligaram. Nenhum sinal.

– Minha matilha e sua família estamos procurando por eles na Lituânia. Achamos que foram para lá, mas ainda não sabemos o porquê. – disse ele.

Apoiei a cabeça na mão direita e senti meus olhos enchendo d'água. Eu sentia falta das brincadeiras do tio Emmet, apesar de estar no auge dos meus 17 anos, ele me faz voltar a ser criança. E sentia falta das lições de vida da tia Rose, o quanto ela queria que eu aproveitasse a chance de ser meio humana, já que minha mãe desperdiçou a oportunidade dela.

– Ei ei, não chore. – disse Jacob, colocando a mão direita na minha perna, enquanto segurava o volante com a outra. – Vamos achá-los.

– Eu espero. – suspirei.

Chegamos na escola e estacionamos o carro, saltando logo em seguida. Todos os olhares ali existentes se viraram para nós, não só porque éramos o casal mais popular da escola, mesmo Jacob não estudando lá, mas porque olhe para ele e me diga quem não iria querer um namorado lindo, gostosão, inteligente e fofo como ele?

– Vamos, antes que peçam autógrafos. – ele riu de si mesmo, passou o braço pela minha cintura e me puxou em direção ao salão principal, aonde estava toda a decoração vermelha, azul e branca. Sim, o tema era Estados Unidos da América. Tiffany (minha amiga) estava agarrada a Fred (namorado), para variar, então nem notou que eu cheguei.

A noite estava apenas começando.

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– Vamos, Jacob? Cansei. – eu disse, sentando no banco do jardim.

– Vamos sim, mas antes... – ele me beijou com uma vontade nunca antes vista. Depois de um longo momento, ele se afastou e abriu um enorme sorriso.

Eu me levantei e estendi a mão para ele pegar e irmos até seu carro fazer o que tínhamos planejado. Ele a segurou e fomos andando até seu carro. Entramos nele e Jacob deu a partida. Entramos na estrada em direção a La Push e eu deixei o vento passear pelo meu rosto.

– Trouxe uma toalha, vamos precisar. – ele sorriu.

– É mesmo. – eu disse, rindo. Nos entreolhamos rapidamente e rimos mais ainda.

Chegamos a floresta de La Push e Jake estacionou, então eu tirei os saltos, ficando descalça. Eu e ele saltamos do carro. Ele foi até a mala e pegou uma cesta de palha grande, fechando a mala logo em seguida. Fomos andando até o meio da floresta.

– Está bom aqui? – perguntei.

– Está ótimo.

Era bem ao lado de um pequeno lago, aonde lindas borboletas pretas perambulavam.

– O que borboletas fazem aqui a essa hora? – perguntei, chegando perto de uma delas.

– Deixam isso mais especial. – ele me abraçou e me beijou, rindo ao mesmo tempo.

– Deixa de melação, Jake. Vamos agir. – sorri, maliciosamente.

Abri a cesta e peguei a toalha, estendendo-a ao chão.

– É o seguinte: Eu vou por ali – apontei para a minha direita. – e você por ali. – apontei para a esquerda – Quem trouxer um chifre de veado primeiro, vence.

– Feito. – ele sorriu.

Nós dois fizemos posições de ataque, um de costas para o outro.

– 1, 2, 3, JÁ! – saímos correndo ao mesmo tempo em direções opostas.

Fiquei procurando por uns instantes um alvo fácil. Achei um veado dormindo gentilmente, que muito provavelmente sonhava com uma plantação de grama infinita para forrar a barriga. Mas quem ia ter a barriga forrada era eu. Silenciosamente, fui chegando mais perto e em posição de ataque. Esperei o animal soltar o ar para atacar. Ele nem teve tempo de reagir, quando foi ver, já estava agarrada a sua jugular. Quando vi que estava realmente morto, arranquei ser chifre e fui correndo o mais rápido que pude para voltar a cesta.

Jacob ainda não tinha chegado, então coloquei o chifre em cima da toalha e espere Jake chegar, lambendo os dedos.

– Ah, que injusto! Você tem só que chupar o sangue dele, eu tenho que comer a carne, demora muito mais. – reclamou ele, com um chifre na mão.

– Maricas. – eu disse, brincando, enquanto mandava um beijo para ele, ironicamente.

Ele riu e me beijou no rosto.

– Ain, que bafo de animal. – eu disse, frisando o nariz.

– Olha quem fala. – ele riu.

– Quer fazer de novo? – perguntei.

– Quero! – ele disse, animado.

– 1 x 0 eu, lembre-se.

Ele fez uma expressão debochada e fez posição de ataque, então fiz o mesmo. Saímos para atacar novamente, e assim fizemos a noite toda, de novo e de novo.

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Gostaram? Eu amei *-* Comentem!

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