sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fanfic - Alucinated, Capítulo 2

Trago para vocês o capítulo 2 do meu fanfic, Alucinated. Confiram:


01. Visão

Era sexta-feira, dois dias depois de meu desmaio. Encontrei Caroline no colégio. Ainda estava intrigada com o que acontecera, não somente uma vez, mas que se repetira no mesmo dia.
“Caroline, lembra quando me encontrou desmaiada no meu quarto?”
“Sim, é claro. Por que?”
“Ontem... eu tive uma sensação... um pouco antes de desmaiar... não sei bem o que foi...” falei tentando parecer calma, mas minha voz saiu nervosa.
“O que aconteceu ontem?”
“Eu vi o que ia acontecer”
“Como... uma visão ou algo semelhante?” ela perguntou num tom estranho.
“Visão”
Meus olhos se fixaram no nada.

Não era um lugar aonde eu já tivesse visitado. Era estranho e mórbido. Eu estava deitada em um leito de hospital, tentando sair dali. Minha mãe chorava, me observando com um olhar de pena e desculpa. Meu cabelo não era grande como agora, era curto, mais ou menos na altura do nariz. Eu era infeliz. Meu rosto era doentio e infeliz.

Era um futuro próximo. Não passaria uma semana e, se ninguém mudasse de ideia, eu estaria ali. Alguém tinha que mudar de ideia.
“Mary Alice! Está me ouvindo, Mary Alice?” disse Caroline num tom desesperado e rude.
“Alguém tem que mudar de ideia” sussurrei ainda com os olhos fixados no nada.
“O que aconteceu?” gritou Caroline exasperada.
“Uma visão. Tive outra visão” disse, agora olhando diretamente ao rosto de Caroline.
“O que?!” disse ela com espanto.
“Eu não te disse que tenho visões agora mesmo?”
“Visões? Você não pode ter visões!”
“Mas eu tenho. E elas sempre se concretizam, a não ser que alguém mude de ideia.”
“Você está ficando louca...”
“Acabei de me ver num sanatório, com minha mãe chorando ao meu lado. E eu estava infeliz”
“Talvez você tenha tido uma “visão” sua num sanatório porque você vai para lá. Você está louca, Mary Alice! Não tem como você ter “visões”.”
Cada palavra pronunciada com rigidez por ela, se repetiu em minha cabeça.
“Eu não estou louca, Caroline. Você tem que me ajudar” eu disse a última frase como se estivesse implorando a ela.
“Porque eu iria te ajudar? Isso é insano e doentio, Mary Alice! O que acha que seu pai vai fazer quando você disser a ele que tem essas supostas “visões”?”
Novamente, cada palavra se repetiu lentamente em minha cabeça.
Balancei a cabeça, tentando apagar duas palavras de minha mente e fui andando em direção a porta do colégio. Eu precisava sair dali.

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